segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A Lenda do Guaraná

A Lenda do Guaraná, contada pelos índios Maués e que chegou até aos nossos dias, é a seguinte:
Havia outrora na aldeia primitiva dos Maués um casal muito virtuoso. O filho único desse casal era para a tribo, um verdadeiro anjo tutelar. Por sua influência reinava a abastança entre os índios, eram curados os enfermos, apaziguavam-se as rixas, a tribo vivia feliz.
Todos velavam por essa criança providencial.
Mas, um dia Jurupari, o mau espírito, invejoso, aproveitando-se do momento em que o pequeno protetor dos índios subira a uma árvore para colher fruto, iludindo a vigilância da tribo, transformou-se em cobra e atirou-se a ele.
Assim morreu a criança. acharam-na os índios deitada sobre o chão, parecendo dormir, com os olhos abertos e serenos.
Condenado à desventura o povo se lastimava junto ao morto, quando um raio veio do céu interromper os quixumes da tribo. O silêncio se fez e a mãe do pequeno protetor da tribo anunciou que Tupã (Deus) tinha descido para os consolar. Plantassem eles os olhos daquela criança, e, deles haveria de brotar a planta sagrada que daria aos Maués, o alimento para saciar a fome e os lenitivos de seus males e doenças.
Consultaram a sorte para saber quem deveria arrancar tão lindos olhos; regaram com muitas lágrimas a cova que os recebeu. Os mais velhos da tribo permaneceram junto dela para guardaar tão preciosa semente, da qual, pouco depois, brotou a planta do Guaraná.
Fiéis à lenda, devotando-lhe mesmo profunda veneração, os nativos da região afirmam que a semente do guaraná, à época da colheita, ainda na árvore e protegida pelo manto seminal que a envolve, ta a identidade com o globo ocular, possue as mesmas matizes da sua pigmentação: olhos verdes, amarelos azuis, castanhos e negros, dizem, tem a sua correspondência nas amêndoas do guaraná, onde são encontradas todas essas cores
Fonte: E. Roquette Pinto, o Guaraná - Boletim do Ministério da Agricultura, 1914.

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